NOSSAS HISTÓRIAS

Bruna, 18
Santa Luzia, MG

Quando criança eu dava muito trabalho, sempre fui de fazer travessuras, meus pais tinham solicitações frequentes da diretoria da escola para conversar sobre meu comportamento. Quantas vezes apanhei de chinelo?! Já estava até virando normal. Brincava de vez em quando na rua ou com minha vizinha de boneca, não passava disso. Até porque meus parentes moram no interior de Minas e eu em Santa Luzia.
Com 7 anos, meu irmão nasceu me trazendo ciúmes e bagunçando meus brinquedos. É interessante hoje pensar nessas coisas, como tudo foi se encaixando e formando meu quebra-cabeça atual.
Aos 11 fui para o 6° ano onde tive meu primeiro contato com a arte, através de um projeto vinculado com a escola chamado “Arte para a vida”, daí fiz aulas de dança, música, teatro. A partir dessa experiência que percebi que a arte me completava, fiquei por lá durante 7 anos.
Logo em seguida fiz dança no módulo O do Valores de Minas. Quantas vezes fiquei confusa sobre qual profissão seguir, pela pressão da família e minha própria. Tudo porque no fundo eu já sabia que seria a arte, mas o medo ainda me consome um pouco.
Se eu fosse realmente escrever nesse texto toda a minha história, certamente não caberia em 1 ou duas folhas, são muitos acontecimentos, mas o que relatei aqui é simplesmente um resumo.
Me abrir sobre o passado me incomoda um pouco, gosto de falar do presente ou de coisas mais recentes. Ultimamente mudei de estilo de vida, sou evangélica, isso tem me transformado muito. Deus é realmente maravilhoso, o engraçado é que sempre critiquei pessoas da igreja. A vida sempre nos ensina, o que criticamos hoje pode fazer sentido amanhã.
Sempre tenho alguns conflitos internos, mas a arte me ajuda. Enfim, assim como esse texto falta coesão e coerência, a minha vida é assim, confusa e compreensível.
Adriano, 17
Ribeirão das Neves, MG
Sou Adriano, tenho 17 anos e tenho uma vida bem "comum", como digo para meus amigos (haha). Nasci em 1997 com alguns problemas de saúde, nada grave, mas hoje to de boa.
Minha mãe sempre me deu um enorme incentivo na arte, ela é meio que uma "artista plástica", e meu pai já não liga muito, mas também não critica, nasci em BH mesmo , porem até 2013 nunca tinha escutado falar sobre o Valores de Minas. E em 2013 um amigo meu fez e me apresentou o programa, eu me interessei muito e me inscrevi em 2014, ai começa a ser estranho, porque meu sonho desde criança é seguir carreira no teatro, mas eu entrei pro Valores para fazer dança, nas aulas experimentais eu me identifiquei mais com artes visuais e escolhi circo...
Pois é! Acho q isso é um pouco mais q loucura, isso é mente aberta pra arte, por isso hoje estou no Modulo II, onde passo por todas as áreas, adquirindo conhecimento nas aulas e trabalhando em coletivo!

Edithe, 16
Ribeirão das Neves, MG
Minha História começa em 1997, quando minha mãe engravidou. Tá! Toda história de alguém começa assim, mas é que a minha sempre teve a parada do nome. Meu pai desde quando soube da gravidez tinha deixado claro que o filho teria ou o nome da sua mãe Edite ou o nome do seu pai Elias. Bom, era eu, uma menina e nasci como homenagem a minha avó, tá, teve um erro, meu pai tava tão nervoso que deixou meu nome errado, e agora eu tenho um H no meio (valeu pai). Eu não me lembro de nada até meus 2 anos e meio, minha memória mais antiga é: eu e minha mãe que estava grávida, ela tava cinza e eu tava fazendo carinho no meu futuro irmãozinho, e eu que escolhi o nome dele, através de um sorteio, eu salvei a vida dele porque tinha três nomes, e os outros dois eram ridículos (de nada Fael).
Eu cresci como qualquer outra pessoa eu vivia na rua com os vizinhos e era uma péssima irmã mais velha. Sempre fui influenciada a fazer coisas que eu gostava pela minha mãe, e meu pai sempre quis (e ainda quer) que eu tenha muito dinheiro e não seja empregada de ninguém. Bom, eu era uma menina super feminina dos meus 6 aos 11 anos, vivia de rosa e todas essas coisas. Depois eu conheci o lado de que não é só rosa que é “daora”, daí eu gostava de todas as cores, eu ainda gosto de todas as cores, só que antes eu andava que nem um papagaio na rua. Antes eu tinha eu tinha um cabelão grande, todo mundo achava que eu era metida e fresca. Só que, gente, não é porque eu sou loira e tenho o olho claro que eu vou ser esnobe, eu sou bem idiota e sempre esqueço que sou loira ou tenho o olho claro, sério, eu sempre fico olhando umas pessoas na rua e fico vendo uns olhos e fico sempre pensando “queria ter o olho assim”, depois de meia hora cai a fixa que meu olho é bem parecido. Depois dessa fase colorida de roupa eu passei a ter a fase colorida nos cabelos, sim, eu já tive todas as cores no cabelo, de menos vermelho, eu não gostava de vermelho no cabelo, agora eu gosto, mas não pinto o cabelo mais.
Em 2013 eu comecei a questionar todo essa coisa de religião e coisas do tipo, depois de estudar muito e ver que eu não concordava com nenhuma religião existente eu me tornei agnóstica, que a grosso modo é uma pessoa que acredita numa força superior, mas não acredita em nenhum princípio de nenhuma religião. Ainda em 2013 eu parei de comer carne e me tornei vegetariana. O principal motivo foi eu não gostar de carne, todo mundo adora um churrasco e sei lá o que e eu nunca gostei disso, também tem todo o fato do sofrimento dos animais, daí juntei o útil ao agradável. Depois em 2014 eu entrei no Plug Minas, estudei artes visuais que é uma coisa maravilhosa, descobri que adoro fazer aquarela e dar cambalhotas (rolamento). Agora eu estudo tudo, sou aprendiz de todas as artes. E é isso, treino tanto que um dia eu chego em algum lugar.

Jéssica Marques de Oliveira, nascida em 23 de maio de 1997, filha de José Marques Sobrinho e Raquel Moreira de Oliveira.
Tive uma infância bastante tranquila. Conheci na infância os meus melhores amigos que permanecem comigo até hoje.
Estudei o ensino fundamental inteiro um uma escola pública (E. M. Professora Acidalia Lott) que era localizada perto da minha casa. Nunca mudei. Moro desde que nasci no mesmo endereço (R: São Rômulo, 229, Paulo VI). Morei sempre com meus pais que vivem um casamento muito solido e com bastante amor (Acredito que estão bem como estão), e meu irmão que é cinco anos mais velho que eu. Quando éramos crianças brigávamos demais, mas hoje temos uma relação extremamente saudável. Posso afirmar que hoje somos verdadeiros irmãos.
Cresci e amadureci muito rápido porque meus pais trabalhavam e sempre tive que me virar com meu irmão. Frequentei desde sempre a igreja evangélica (na qual ainda vou sempre que possível) e nunca tive interesse nem preconceito quanto às outras religiões, apenas estou bem como estou.
No ensine médio continuei na escola pública (E. E. Olegário Maciel), onde fiz poucos, mas verdadeiros amigos. Era uma boa escola. Sou imensamente grata por todo conhecimento que me passaram.
No ultimo ano do ensino médio (2014), ingressei no Programa Valores de Minas na área de canto, porque devido à igreja, sempre cantei e estive inserida no meio musical.
Cresci e amadureci de uma maneira inexplicável nesse Programa. Aprendi sobre arte, sobre a vida, sobre a música, sobre a convivência, preconceito, dificuldade e amor. Afirmo com total certeza que a Jéssica pós-Valores de Minas é uma pessoa muito melhor do que um dia a Jéssica pré-Valores pensou que pudesse ser.
Passei com muito esforço na Faculdade (PUC MINAS – Jornalismo) e inicio meus estudos lá em agosto deste ano. Atualmente, sou aluna do Módulo II do Valores de Minas.
Sou uma típica adolescente de 17 anos (quase 18) anos. Vivo meus amores e desamores, gosto e desgosto, sou e deixo de ser com muita facilidade.
Não tenho uma dessas histórias motivadoras e emocionantes que se vê no Caldeirão do Huck, mas, honestamente, sou feliz na minha história publicamente ainda desconhecida.
Jéssica, 17
Belo Horizonte,
MG

Edneid, 19
Ribeirão das Neves,
MG
CONTE-NOS SUA HISTÓRIA:
OU ESCREVA-NOS:
“A minha historia não é cheia de fatos interessantes, é apenas a minha historia.”
Desde pequena fui deixada com babás, não porque meus pais não queriam cuidar de mim ou algo assim, meu pai e minha mãe sempre trabalharam muito para garantir um futuro pra mim e pros meus irmãos, por causa disso eu mal os via. Quando tinha 7 anos a minha atual babá, que na época devia ter 19 anos fazia teatro em um galpão comunitário do nosso bairro. Eu sempre à via ensaiando e pensava que ela estava doida.
Certo dia minha mãe pediu para que ela ficasse comigo no sábado, a minha “tia” (é assim que a chamo) aceitou, mas teve que me levar ao ensaio; lá vendo todo aquele lugar, com um palco, e as cortinas remendadas, me apaixonei, era um lugar mágico. No meio do ensaio minha tia recebe a notícia que a garota que fazia o papel de sua filha não poderia mais fazer, e resolve tentar comigo. Ainda me lembro das palavras dela “Michelly você quer brincar de historia?” eu fiquei muito feliz e falei que sim, como qualquer criança que é seduzida por brincadeiras faria. Subi no palco (foi como pisar em nuvens), o que eu tinha que fazer era muito simples, era apenas segurar na barra do vestido da minha tia e gritar papai, eu ensaiei com eles esse dia (na época não tinha muita noção sobre teatro e o que eles faziam, mas amei fazer junto).
Minha tia, quando chegamos do ensaio, conversou com os meus pais,depois de muito insistir ela conseguiu que eles deixassem eu apresentar (no dia fiquei com medo das pessoas me olhando e disse que não queria mais fazer, mas minha tia me abraçou). Lembro-me que a sensação de estar lá era muito boa, acho que foi amor à primeira vista.
Foi a única vez que apresentei com eles, depois disso só apresentei trabalhos de escola e eu sempre me dispunha a fazer teatro neles. Com o passar do tempo me acostumei a fazer apenas trabalhos e deixei o teatro de canto, em 2012 um grupo de pessoas do Plug Minas visitou a minha escola e falou sobre os núcleos,eu logo tive interesse em Valores de Minas (principalmente pelo teatro),fiz minha inscrição e fui chamada pra entrevista,no entanto não pude comparecer e perdi a chance de fazer nesse ano.
Já havia desistido do teatro quando fui na mostra de profissões e lá tinha um estande do Plug Minas, em uma TV estava passando trechos de alguns espetáculos, e o pessoal havia me informado que logo abriria as inscrições novamente, resolvi tentar de novo e passei. Foi um ano incrível, a cada dia que eu passo aqui tenho mais certeza que quero isso pra minha vida.

Nayara, 16
Sabará,
MG
Desde de criança era uma pessoa hiperativa demais,na escolinha,nas casas das colegas. Sempre gostei muito de dançar, mas nunca entrei numa escola ou academia para ganhar técnica. Meus pais sempre rígidos, minha irmã muito divertida apesar de não ter a mesma idade do que eu.
A gente sempre teve uma relação familiar boa aqui em casa, meu pai não gosta muito desse meio
cultural, ele é muito fechado, mas já nós 3 adoramos ir ao cinema, teatro, apresentações, saímos bastante acho que me ajudou a interessar mais por arte.
Conheci o Programa Valores de Minas através da minha irmã e do meu primo que fizeram o espetáculo "Metrópole" (2009) onde eu tive o prazer de estar presente, adorei e não vi a hora de poder ter idade para entrar. Os tempos passaram, mas nunca desisti sempre esperei a hora, então eu dançava, danço ate hoje na igreja e fui praticando, assim, a dança na minha vida. Pretendo aperfeiçoar mais na área estou esperando oportunidades. Uma coisa que eu aprendi no Valores 2014 é nunca desistir.

Waldir, 21
Belo Horizonte,
MG
Vou contar sobre mim e como a arte me influenciou nas minhas escolhas. Desde pequeno gosto muito de arte, especificamente de circo. Quando era mais novo gostava muito de ir a museus de arte, sempre me interessei sobre era ser artista.
Quando cresci, na minha fase adolescente, tive que ir, pois morava no circo. Depois de nossa separação procurei vários lugares que tinham oficinas de circo, pois sempre gostei, eu tinha vontade de aprender, assim que comecei. Depois fiquei sabendo de um Projeto chamado Valores de Minas e decidi ir conhecer e de imediato soube que era ali que eu ia continuar aprendendo arte. Já praticamente um ano estudando circo e ainda estou lá estudando outros tipos de arte. Ainda pretendo continuar aprendendo sobre circo, assim como todos os outros tipos de arte, e no futuro tenho a meta de ser um professor e dividir minhas experiências com outras pessoas.

Roberto, 17
Belo Horizonte,
MG
Meu nome é Roberto Granato Vieira, sou aluno do Modulo II do programa Valores de Minas, pertencente ao Plug Minas. Meu primeiro contato com a arte foi em 2014, quando passei na seleção do Valores e entrei para fazer teatro, esse período o qual estive no programa foi muito bom tive três professores que não tem como esquece-los: o Marcelo Alessio, Jonnatha Horta e a Sinara Teles.
Aprendi tanta coisa que não saberia cita-las aqui, sendo que antes disso não tinha ideia de como a arte podia mudar tanto uma pessoa. No final do ano passado apresentei o espetáculo "ZANZAR" que também foi a comemoração de 10 anos do programa Valores de Minas.

Victoria, 17
Contagem,
MG

João Marcos, 18
Belo Horizonte,
MG

Bárbara, 20
Contagem,
MG
Nasci em Belo Horizonte, mas sou uma mistura de gaúcho com mineira. Meus pais ainda estão juntos e felizes, embora morem em casas separadas. Meio complicado, né? Mas parece que deu certo!
Minha família por parte de pai é de uma cidadezinha lá na Serra Gaúcha e só fui conhecer eles em 2013. Agora todo ano vou para lá, é um dos meus lugares preferidos no mundo. A por parte de mãe é toda daqui mesmo e as duas são as melhores famílias que eu poderia ter!
Aliás, minha mãe foi quem me "iniciou" na arte, me fazendo tomar gosto pelo mundo da literatura. E aí já era: todo o meu dinheiro e tempo eram dedicados aos livros.
Mas na verdade mesmo, quando pequena queria ser atriz ou arqueóloga, e nunca perdi a vontade de fazer teatro, mas só enrolava. Até que minha amiga Barbara (que também faz módulo II) insistiu para que eu fizesse inscrição no Valores de Minas.
Tentei para teatro, acabei na percussão e acabei me apaixonando ainda mais pela área. E depois por todas as áreas, pelos professores, pelo lugar... E foi o melhor ano da minha vida.
Por amor á tudo o que o Plug e o Valores me trouxe resolvi tentar módulo II, passei e agora estudo todas as áreas, com uma vontade enorme de levar a arte comigo para tudo o que eu fizer, pelo resto da minha vida.
Eu morava numa favela até os 5 anos. Lá eu me sentia uma criança viva, feliz, descendo morros com carrinhos de rolimã (artesanalmente construídos por mim e meus primos), munindo-me com mamonas utilizadas em pequenas guerrilhas entre as crianças do bairro, fazendo valer cada centavo dos meus pais com doces... Até que eu me mudei.
Continuava frequentando a escola cristã particular para "riquinhos", claro. Eu não tinha muitos amigos lá, como não tinham crianças no meu bairro e meus irmãos eram 8 anos mais velhos que eu, convivia a maior parte do tempo com adultos, ou com jogos de computador.
E foi num destes jogos que eu conheci um cara. Vou dizer "cara", mesmo, pois já tinha 18 anos, enquanto eu tinha meus 14. Ele não era brasileiro, o que me incentivou a cultivar a língua inglesa como meu segundo idioma. Kaiser era o nome dele. Acabara de se formar na escola para ir estudar teatro.
Ao longo do tempo, ele se tornou um irmão pra mim, apesar da distância que nos separava. Ele sempre me contava coisas sobre teatro (foi aí que eu me interessei por teatro, apesar dos inúmeros falhos incentivos dos meus pais para eu assistir uma peça ou outra).
Admito que passava mais tempo no computador, conversando com Kaiser, do que na "vida real", como minha mãe chamava. Minhas notas caíram nesse processo, o que fez com que eu, no 2º ano, fosse matriculado numa escola pública (o que era, até então, um pesadelo para mim), como forma de castigo pelas minhas notas vermelhas.
O que eu esperava era um bando de adolescentes estranhos, meninas grávidas e drogados. Não me culpe. Eu cresci ouvindo esses rumores que assombravam escolas públicas... O que eu não esperava era que este lugar seria o palco para o recomeço da minha vida como pessoa. Por exemplo, em um ano, eu aprendi mais sobre o mundo, naquela escola, do que em doze ilusórios anos na outra.
E foi lá que eu tive meus primeiros amigos, aos 15 anos. Claro, muitas amizades falhas tomaram um rumo ali, mas nada que um bom tapa de realidade não resolvesse.
Kaiser foi a pessoa mais influente no meu processo de adaptação ao lugar. Ele me dava conselhos sobre pessoas (ainda acho que não exista alguém que entendesse tanto de gente quanto ele), me ajudava com matérias que eu não entendia. Nos encontramos uma vez, quando ele veio ao Brasil naquele ano, e passeamos por toda a cidade. E ainda me fez prometer que, um dia, quando eu virasse um ator, eu o convidaria para assistir à minha primeira apresentação no Palácio das Artes (algo que eu concordei em fazer).
"Too much can happen in a year's time. Too much", era o que ele costumava me dizer. Significa "Muita coisa pode acontecer em um ano. Muita coisa". E, realmente, muita coisa aconteceu naquele ano. Sua morte foi um dos fardos mais pesados, senão o mais pesado, que eu já carreguei na minha vida. Ali eu perdi um amigo, um mestre, um irmão.
Tentei recorrer ao suicídio. Tentei. Não obtive sucesso (por sorte, eu acho), porque alguém tinha me parado, inconscientemente. Sete pessoas, na verdade (hoje as quais considero irmãos).
Conviver com essas sete pessoas me ajudou a superar o luto, o preconceito que ainda restava em mim (religioso e sexual), e meus conflitos internos. Esse acontecimento também me fez decidir um rumo na vida: "Continuar de onde meu melhor amigo havia parado", pois ainda devo muito a ele. Meu irmão de consideração, então, sugeriu que eu tentasse o Valores de Minas. Entrei para um mundo de descobertas e histórias tão complicadas quanto a minha. Foi ali que eu me senti vivo novamente.
Nasci em Belo Horizonte e sou a mais nova de três filhos. No fim de 2000 minha família se mudou para Salvador/Bahia. Voltamos para Minas Gerais em 2004 após o divórcio dos meus pais e nunca saí do Estado desde então.
O gosto pela arte é de família: a família do meu pai tem ligação com música, minha mãe com artes plásticas e artesanato. Desde muito cedo eles me incentivavam a criar gosto por essa área me colocando em grupos de teatro e dança de escola e colônia de férias — e eu sempre matava as aulas de ballet pra aprender Taekwondo e Karatê. Foi mal, mãe!
Meu primeiríssimo contato com artes foi, sem eu mesma saber, com a literatura. Aprendi a ler e escrever em casa, e o primeiro livro que li sem ajuda da minha mãe (Harry Potter e a Pedra Filosofal) foi o que me incentivou a criar o hábito de escrever, o que mantenho até hoje.
Passei a adolescência de uma forma normal — ou quase tão normal quanto poderia ser —, com todos os dramas e descobertas dessa fase. Como eu preferia não falar com minha família sobre essas coisas, eu escrevia histórias baseadas em minha vivência e sempre criava personagens inspirados em pessoas que marcaram minha vida.
Sempre tive minha irmã mais velha como minha maior inspiração e uma espécie de heroína, e com certeza minha vida levou um rumo diferente graças a ela. Em 2013 ela me falou sobre um curso de assistente de produção cultural oferecido pelo Pronatec num lugar chamado "Plug Minas" e insistiu que fizéssemos juntas. Durante os dias de curso conheci alguns alunos e ex-alunos do Valores, e eles me incentivaram a tentar uma vaga para 2014. Concluí o Pronatec me inscrevi para o processo seletivo, primeiramente pensando em estudar teatro e me decidindo por Artes Visuais no momento da escolha de áreas.
Meu amadurecimento (ou busca dele) como pessoa se deve ao Valores. Minha visão sobre o mundo, opinião, senso crítico e crescimento são coisas que eu nunca poderia ter obtido em nenhum outro lugar e que ninguém poderá tirar de mim. Tudo que aprendi lá foi grandioso: o conceito de amizade, amor, confiança e felicidade, e sem falar nas experiências que vivenciei (e ainda vivencio) por lá.
Atualmente estou no Módulo II e minha busca por ser uma pessoa melhor ainda continua. E sempre quando eu melhorar, sei que será graças a tudo que me proporcionaram. Valeu Valores, valeu maninha!

Fernanda, 18
Belo Horizonte,
MG
Oi, eu sou a Fernanda, que também é Fê. Nasci há 18 anos em Belo Horizonte e desde então nunca sai daqui. Nem de casa eu mudei. Moro com meu pai, minha mãe, uma cachorra e uma tartaruga e não tenho nenhum irmão ou irmã. As vezes isso é bom, mas as vezes é meio ruim também. Por sorte, eu sempre tive amiguinhos que moravam no meu prédio (e alguns do bairro) que são quase meus irmãos, ainda mais porque sou amiga desde que nasci (literalmente)! Hoje eles moram em outras casas, mas eu continuo irmã deles. A gente sempre brincava no corredor do prédio e fazíamos festinhas no dia das mães, dos pais, as vezes rolavam umas peças teatrais que eu inventava e até vender pipoca e desenho na garagem a gente vendia. Engraçado porque tinha gente que passava e comprava. Acho que ficavam com dó ou achavam bonitinho, não sei. Mas sempre fazíamos alguma coisa legal.
Sabe, não posso reclamar muito da minha vida. Ela não é perfeita mas é uma vida normal, sem muitos grandes problemas, só os de costume que toda vida tem. Meu pai e minha mãe são ótimos pais e sempre me apoiaram e me incentivaram muito a fazer as coisas que eu gostava ou que eu queria. Principalmente com relação a profissão, nunca me disseram pra não fazer alguma coisa porque "não dava dinheiro". Meu pai diz que em toda profissão sempre tem os que ganham bem e o que não e que, se você for um bom profissional e fazer bem o que faz sempre terá muitas oportunidades. E mesmo que eu não ganhe bem, fazer o que a gente gosta é a melhor coisa.
Você que está lendo essa história não deve estar achando esse texto muito bem escrito ou formal, mas é porque eu acho que não precisa. Eu não sou formal, então não tem motivo. Escrevo formal quando precisa ser formal. Na verdade eu sou muito é besta (no bom sentido). As pessoas tendem a achar que eu sou muito séria e essas coisas, mas eu sou muito o contrário. Eu sou besta e minha família toda é besta. Todo mundo aqui em casa é assim, até minha cachorra. Mas de novo, não é no sentido ruim, é no bom. Besta num sentido meio infantil, de ver desenho, imitar coisas e personagens, fazer carinha engraçada... Quando eu escrevo soa mais besta!
Enfim. Só pra finalizar a minha história/biografia/quem sou eu do Orkut vou para as formalidades finais. Sempre estudei em escola pública e nunca trabalhei. Entrei pro Valores de Minas ano passado e ainda estou, no Módulo II. Gosto muito de lá e aprendi muitas coisas sobre arte e sobre a vida. Também me formei ano passado no Ensino Médio e agora estudo na UEMG. Espero me formar lá e seguir com os outros planos que eu fiz pra minha vida e um dia contá-los em algum outro lugar.
Até mais c:
Minha história começa em 31 de julho de 1999, mãe: Luana Da Conceição Diniz Santana, pai: Luiz Henrique De Oliveira. Quando muito pequena estudava em escola particular, aos 3 anos de idade estudei no Gente Nocente, eu gostava de lá, mais é claro que preferia ficar com meus pais, mas já que lá era uma das poucas opções que tinha eu ficava lá, as "tias" da escolinha eram legais, pelo menos na parte em que eu me lembro.
Quando eu comecei a estudar no IEDUC, se não me falha a memoria aos cinco ou seis anos, meus pais trabalhavam de manhã e a tarde. Minha mãe tinha que sair mais cedo de casa, pois trabalhava longe, meu pai trabalhava no mesmo bairro, mas eles tiveram que optar por me deixar numa "creche" onde era uma casa que uma moça cuidava de umas dez crianças, que eu não gostava muito, chorava da minha casa até a casa da moça, era teimosa. Tínhamos horário para brincar, depois tomávamos banho, almoçávamos e o escolar passava para nos levar a escola.
Eu não tinha uma vontade imensa de fazer arte, achava tudo muito legal, mas complexo, sonhava em ser advogada mais complexo ainda, porém, os anos se passaram e quando tinha meus 10 anos, eu comecei a me interessar por Teatro. Meus pais e eu olhamos alguns cursos, mas a maioria é muito caro até os dias de hoje, e como éramos duas, eu e minha irmã, realmente meus pais não tinham condição de pagar porque não estava dentro do orçamente e blá blá, ok! Me contentei com aquilo e fui feliz , em 2013 eu só estudava no ensino fundamental nono ano, na Escola Estadual Helena Guerra onde estudo lá a 10 anos, então metade do que conheci pedagogicamente é de lá. É uma escola pública, não tinha problemas com notas e nem nada do tipo, sempre fui uma aluna em que me consideravam excelente, pelos colegas de sala era tido com "a nerd" isso não me incomodava, ficava chateada com algumas piadinhas "sem graça" mas não era uma coisa que deixava ao ponto de não querer frequentar a escola. Minha infância foi muito legal, gostava dos meus amigos, era tratada bem, talvez uma coisa ou outra eu não gostava.
Em 2013 estava sentada em casa quando vi passando na televisão: Plug Minas abre vagas para projetos artísticos, e lá falava o endereço e telefone; dois dias depois eu e minha irmã fizemos nossa inscrição pelo site, quando nós recebemos a notícia que fomos aprovadas para fazer a entrevista, lembro que a minha entrevista foi tranquila, me senti confiante, fiquei ansiosa por alguns dias quando abri o site e vi que tinha sido aprovada para as aulas experimentais, pra mim foi maravilhoso tudo aquilo, eu só não almoçava porque tinha vergonha, eu era uma das únicas pessoas que não conversava com ninguém; os dias se passaram quando eu vi que não fui aprovada, foi uma decepção muito grande ,mas quando eu pensei em desistir ligaram para minha mãe e eu fui chamada, nossa foi maravilhoso aquela sensação.
O Valores De Minas para mim foi onde eu pude perceber que trabalhar em grupo e saber respeitar a opinião dos outros é a coisa mais importante que podemos fazer uns pelos outros. Ano passado estudei Teatro é muito amor. Hoje estou no módulo dois onde minhas vontades são outras, mas a certeza de estar em grupo é muito maior, é saber depositar as forças nos outros e nunca desistir daquilo que você não acha possível; agora eu faço todas as áreas, eu escolhi isso para minha vida, minha profissão? Agora eu não tenho certeza; mas é certeza de que a arte vai estar comigo para o resto da minha vida, porque eu agora sou uma nova pessoa.

Luiza, 15
Contagem,
MG

Tulio, 19
Santa Luzia,
MG
Há 19 anos atrás ,aqui mesmo em MG, nascia eu, Tulio , fui criado com minha mãe (grande educadora) apenas, minha heroína, que com seu esforço e sua colocação precisa nas ocasiões criou e cria eu (irmão do meio),meu irmão e minha irmã (caçulinha).
Mesmo sem ter convivido com meu pai herdei muita coisa dele como por exemplo, o jeito sonso, a timidez, a aparência e principalmente a vontade de aprender a tocar instrumentos, junto a paixão pela música, já minha mãe me deu a herança de acreditar e ir em busca do que você realmente gosta de fazer, eu queria mesmo sua habilidade pra se impor e ser forte, mas nunca fui bom com isso, na maioria das vezes mais ouço do que falo, o que é um problema pra mim e sempre foi ,talvez por isso sou tão aficionado na música, só preciso ouvir,imaginar,apreciar,entender, e pronto, ganho meu dia.
Minha mãe tinha o sonho dela de ser dançarina ou pianista, infelizmente ela não teve a oportunidade de realizar nenhum dos dois devido a alguns conceitos éticos religiosos de sua mãe,minha avó, por isso minha mãe sempre me apoiou a seguir algo artístico, algo que eu realmente seja feliz fazendo o que amo, o que ela não pôde e eu espero orgulhar ela nisso, enfim. Quando criança eu também gostava de ler muito e desenhar, criar historinhas, algumas meio assustadoras pra uma criança mas eram boas, pelo menos diziam, não sei se diziam isso pra agradar a criancinha aqui, na escola sempre gostei de história, geografia, língua estrangeira, eram as matérias que eu me dava bem, garoto fascinado por astronomia, queria poder explorar tudo, quem sabe um dia né?

Izabela, 18
Belo Horizonte,
MG
Meu nome é Izabela Fernandes Ferreira, nascida em 1997, filha do casal atualmente separados Maria Aparecida e João de Brito.
Entrei na Escola Municipal Aurélio Pires com 5 anos de idade, na época tinha dificuldades em aprender, e pelo fato de ser tímida isso me prejudicava cada vez mais. Aos 6 anos a coordenação informou aos meus pais que eu poderia ter Déficit de Atenção (TDAH) e isso iria me trazer dificuldades futuras. Minha mãe não tinha condições para pagar psicólogos ou algo do tipo, então procurou a escola para que me ajudasse de algum jeito. Um tempo depois uma professora se disponibilizou após o horário escolar para me dar aulas de xadrez. E assim minimizam as consequências danosas do TDAH de acordo com o tempo.
Na minha infância sempre frequentei hospitais pediátricos por conta de problemas asmáticos, e novamente minha mãe procurou a mesma professora para que lhe informasse algum tipo solução para o meu problema. E assim ela disse que o esporte poderia me ajudar da melhor maneira. Mas a renda familiar impedia de ter acesso a aulas particulares. Minha mãe retornou novamente a escola, e aquela mesma professora me ofereceu aulas de ginastica olímpica depois do horário escolar. Lá aprendi que poderia ter o controle sobre o meu corpo e que nenhuma doença iria me impedir de fazer o que eu amo. A oficina abriu para a comunidade mas infelizmente um ano e poucos meses depois fechou por falta de verba escolar.
Ali sabia que seria difícil de encontrar outras maneiras de aprendizagem, mas mesmo assim continuei perseguindo meus sonhos.
Aos 7 anos de idade entrei na escola integral, que era muito diferente da escola integrada atualmente. A escola tinha que usar sua própria renda para que continuasse o projeto. Os alunos tinham aula de desempenho escolar e em seguida aulas de teatro, dança e esporte. E assim a cada ano que se passava foram aumentando as oficinas até chegar na Escola Integrada, oferecida pelo governo da época de Belo Horizonte.
Um tempo depois a Escola Integrada fez parceria com o Projeto Guanabara na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que entre seus objetivos é o desenvolvimento da cidadania e a melhoria da qualidade de vida. O trabalho é realizado através de parceria com o Instituto Ayrton Senna. E para a minha felicidade eles ofereciam aulas de ginastica olímpica!
Em uma dessas excursões escolares eu tive a oportunidade de ir até um espetáculo de circo. Lembro claramente da expressão em meu rosto no dia, foi um momento único onde novamente me encontrei em um espaço. Ali poderia expressar toda minha paixão por ginastica olímpica em uma explosão de amor e alegria!
E novamente me encontrei nas mãos da desigualdade social. Como eu iria pagar uma aula de circo? Então deixei aquele sonho guardado enquanto não tivesse condições financeiras para pagar uma aula de particular. Mesmo assim me joguei em todas as aulas de arte que eram disponibilizadas pela Escola Integrada, e sabia que era realmente aquilo que eu queria fazer.
Quando formei fui para uma escola fora do bairro localizada no centro de Belo Horizonte. E ali conheci alunos de 2013 do Valores de Minas, e para a minha surpresa eles estudavam circo! Eles me explicaram como funcionava o Valores de Minas, e eu sabia que ali era o lugar que eu poderia me encontrar novamente.
Em 2014 consegui entrar no projeto e descobri que a arte vai além de uma área só. A arte muda as pessoas por dentro e faz com que você tenha vontade de mexer com a cabeça de outras pessoas também.
Atualmente estou no Modulo II e a cada dia eu sou mais confiante no que eu quero ser.
EU QUERO SER ARTISTA!

Hannah, 19
Sabará,
MG
Hannah Cristine Barbosa Silva, nascida aos quatro de junho de 1996 ás 08,00 horas e 00,20 minutos, em Novo Cruzeiro-MG de sexo feminino, filha de Ranier Masile Da Silva (Ranin) e de dona Imaculada Conceição Barbosa e Silva (Imaculadinha ou Tia São). Bom, e assim começou minha historia.
Antes de mim, meus pais tiveram dois filhos, Ramon e o Raian. É, sou a caçulinha, e não fui apenas eu que nasci no interior de Minas Gerais, meus irmãos e meu pai também nasceu em Novo Cruzeiro, mas enfim, vamos a partir de mim. Após seis meses do meu nascimento, saímos de Novo Cruzeiro e fomos para Teófilo Otoni (não muito longe de Novo Cruzeiro), cidade na qual minha família por parte de mãe foi criada, e depois de três anos nos mudamos novamente (não tenho lembranças desses anos) e viemos para Belo Horizonte, embora meu pai “tentasse” não atrair “problemas”, tivemos que nos mudar na calada da noite e voltamos para minha terrinha “querida”, Novo Cruzeiro, felizmente durou um ano, então retornamos a Teófilo Otoni (quatro incríveis longos anos, onde me desenvolvi e minhas panturrilhas definiram). Durante esses quatro anos, meus pais viviam brigando (algumas brigas nos assustavam), mesmo eles tentando dar certo, não deu, e lá ia eu, mas uma vez mudar, e desta vez iria pra outro estado: BAHIA, em uma cidadezinha que tenho péssimas lembranças. Mas, meus pais não estavam conseguindo mais continuar, e decidiram não ir para lá e voltar para “Belo Horizonte”, onde grande parte da minha família por parte de mãe morava e principalmente minha avó (pessoa na qual nos iria “dar” um lar), que morava não em Belo Horizonte e sim em Sabará (onde estou até hoje), e alguns meses depois nossa chegada, meus pais nos reuniu (eu e meus irmãos) para anunciar sua separação, apesar de não me surpreender, fiquei bem abalada, e ai começou o drama da vida de Hannah. Tomei as dores da minha mãe, e afastei meu pai, então meu pai se foi.
No começo, foi bem doloroso, porque nunca fui muito próxima da minha mãe, me sentia rejeitada por ela, e eu era muito tímida, demorava para me aproximar dos outros, e assim ficava muito sozinha e me tornava solitária (apesar de ter dificuldade em me aproximar, tive muitos amigos, mas era complicado, na verdade eu complicava). No decorrer desses anos, me prendi em uma solidão desnecessária, mas me afetou muito. Em fevereiro de 2014, depois de uma discussão com minha mãe, explodi todos aqueles anos que havia me prendido (acontecimento no qual, não irei entrar em detalhes), e minha mãe, minha avó e outras pessoas, ficaram muito preocupadas comigo, e naquele momento perdi o gosto de tudo. Apesar do estado que me encontrava, eu não queria desistir de mim, e fui me recompondo, e umas das minhas tias avós (Tia Sandra), apresentou o Programa Valores de Minas para minha mãe, e ela imprimiu a descrição do programa e me deu, (eu já conhecia o Valores, mas não me importava), comecei a ler e interessei, mas quando vi que tinha de fazer entrevista, já desisti. Não lembro quantos dias depois, minha mãe me liga e avisa que tinha feito minha inscrição pro programa, fiquei mais ou menos contente e me dispus a este desafio, pensei “Afinal, não tenho nada a perder”. Fiz a entrevista, passei na entrevista, e chegam às aulas experimentais, não tinha noção de nada que iria acontecer, mas fui seguindo, e a cada área que passava ficava cada vez mais deslumbrada e confusa, pois QUERIA FAZER TUDO! Surpresa pra mim e para quem me conhecia, foi saber que escolhi o CIRCO, e perguntaram: O que eu tinha visto la afinal? Ignorei todas as criticas e comentários, e me joguei, pela primeira vez sem medo, e me apaixonei completamente pelo circo, e pelo Valores de Minas. Hoje ainda posso não saber o que eu quero (apesar de continuar no programa nesse ano no modulo 2), mas digo, não sei o que seria de mim, sem o Valores de Minas. Eu entrei sozinha, mas sairei com muitos amigos (quase minha segunda família).
Bem ... Em certo dia, não pera que foi de noite! Bom em certa noite as 23:00 horas, numa certa data 07 de julho de 1996, uma moça chamada bla bla bla. Parei! .... Agora é serio! Bom... Eu, Lara Camila, filha de Luciane Rocha de Souza e Sebastião Antunes Figueiredo nasci no dia 07 de julho de 1996 em belo horizonte.
O que falar sobre mim e minha historia?! Bem... Eu tive uma infância muito massa, por mais que meus pais fossem um pé no meu saquinho às vezes, rsrs. Eu curti muito minha infância era meio, sou um tiquinho ainda, pestinha. Acho q minha infância se resume em trotes na avó, pular muros subir em árvores e trolar com os primos rsrs, várias coisas, mas curti muito ela, muito mesmo. Digo que minha infância é a melhor fase da minha vida, a melhor de todas. Era feliz como ninguém, sempre fui uma criança feliz estudiosa e falante rsrs. Muita treta, muita, muita rsrs. Se contar tudo fico até o fim do ano, mas bem vou dar continuidade.
Aos 9 anos minha mãe cismou de me dar um irmãozinho, né! Virei babá e deixei de ser a diva da casa, que hoje é meu pestinha travesso rsrs. Brigamos muito às vezes, mas é irmão, né! Nisso, anos passam, até por que a vida não para. Fui crescendo, deixando de lado as coisas de criança, mas, claro, a alma de criança nunca! Fui crescendo, enxergando a vida como ela é, as dificuldades e que não é tudo tão lindinho como conto de fadas de criança, que a vida tem seus altos e baixos e que tudo é com suor. Bem, e nessa fase de crescer encontrei a arte.
Bom... Como descobri a arte, na verdade sempre tive contato com arte desde nova, amava cantar, desenhar, dançar, fingir que era a atriz ou a Lupita do rebelde rsrs. Sempre tive contato com isso, mas nunca me imaginei querendo isso como profissão e vida. Mas, sabe aqueles momentos em que você cresce, ta no ensino médio e tem que decidir o que vai escolher? Nossa! Já quis fazer muitas faculdades, muitas mesmo, mas nenhuma me agradava demais.
Mas, onde entra a arte nisso? Com 15 cismei que queria fazer teatro, queria mesmo e nessa fui descobrindo a arte em meu coração... Graças ao lindo e divo Valores, em 2012 tive o prazer de assistir minha amiga no maravilhoso “Alice(ia)”. Depois disso, sujou! Foi ali que me descobri, caramba é isso que quero: arte, teatro. Já sei! Artes cênicas uhhuull rsrs. E depois disso fui prosseguindo com isso. Tentei entrar no Valores em2013, não consegui.
Em 2014 tentei de novo, dai foi uma grande conquista porque o Valores... O que falar sobre o valores?... Melhor coisa que me aconteceu, experiencia unica: fazer arte em um lugar que cria mais que atores mas sim pessoas jovens pra vida. No valores aprendi a ser eu mesma. Ao valores só agradeço a tudo, experiencia eterna pra vida toda, que vou contar pros meus filhos ,netos e bisnetos. Bem, hoje aqui estou eu, Lara Camila, com 19 anos, a mulher chorona ,romântica ,besta ,falante e muitas outras coisas.
To aqui no mód. 2 firme e forte no Valores ainda fazendo o que gosto - a arte mais profunda com tudo que ela possui - lutando pela vida por isso tudo ,correndo atrás do que me faz bem a arte ,disposta a enfrenta todos desafios por isso, por que quem acredita sempre alcança. E por que a arte engrandece a alma e fortalece a vida. Me fortaleceu como pessoa e com certeza me fez grande no consciente e no coração.
